POV. Nathan
-Sabe, seria muito mais fácil sentir raiva da Lil se ela não fosse tão gostosa. – Jay se apoiou na borda da piscina, olhando para Charlie, que arrumava a cadeira de sol para se deitar.
-Digo o mesmo. – Suspirei. Sophia chegou ao lado de Charlie e começou a se despir. – Por que ela faz isso com o meu coração? – Levei a mão ao peito e Max e Jay riram.
-Eu nunca acreditei quando diziam que as brasileiras eram as mais gostosas... – Max negava com a cabeça, com um sorriso malicioso nos lábios. – Mas olha, essas três...
-Eu sei. – Jay bufou. – Eu ainda posso sentir ela me arranhando. – Balançou a cabeça e levantou os óculos escuros. – Eu preciso fazer alguma coisa em relação a isso.
-Não tem muito o que fazer. – Bufei. – Não acredito que agente volta pra Londres amanha. – Olhei para cima. Eu vou sentir muita falta desse sol.
-Ih, ó lá. – Jay apontou com a cabeça para Izzie, que se levantou da cadeira e veio até a borda na piscina. – Max...
-Não precisa nem falar. – Ela soltou o cabelo e balançou-o. Olhei para Max, que franziu o nariz e abriu sua boca em um perfeito “O”. – Eu tenho muita sorte. – Sorriu e eu e Jay gargalhamos. Izzie pulou na piscina e nadou até Max.
-Oi amor. – Sorriu e se virou para nós. – Vamos nos encontrar aqui na piscina mais tarde?
-Por que agente não sai? – Jay franziu o cenho.
-A Lil não quer.
-Ah.
-Não começa Jay. – Fuzilou-o com os olhos. – Enfim, agente traz bebida e fica por aqui mesmo, pode ser?
-Claro. – Sorri. – Todo mundo?
-Não não, Nathan. Só eu e você mesmo. – Revirou os olhos e eu lhe mostrei a língua.
-Hei. – Max olhou para ela e ela gargalhou alto.
-Ai. Meu. Menino. Ciumento. – Falou entre selinhos. Eu e Jay nos entreolhamos.
-Vela, vela! Vendo velas! – Jay gritou e eu fiz uma vela com a mão. Max e Izzie riram.
-NATHAAN! – Lil gritou atrás de mim, me assustando. Todos gargalharam da minha reação. – É muito legal fazer isso. – Falou, com dificuldade, por causa da risada exagerada.
-Qual o seu problema, velho? – Olhei para ela, segurando a risada.
-Muitos. – Ria descontroladamente. Chegava a chorar. Eu mereço né.
-Por que você é minha amiga mesmo? – Franzi o cenho, e ela foi parando de rir.
-Uma pequena correção ai. – Secava as lagrimas. – Não é amiga é MELHOR amiga. – Deu ênfase na palavra “melhor”.
-Mas é convencida. – Neguei com a cabeça.
-Você me ama. – Deu de ombros e eu sorri, puxando-a para perto de mim e dando um beijo em sua testa.
-Mais que a vida, ogrinha.
-Ai que fofos vocês. – Sophia afinou a voz, chegando perto de nós. – Que horas agente se encontra aqui?
-Meia noite? – Jay olhou para nós.
-Por mim tudo bem. – Concordei, assim como todos os outros.
-HÁ! – Sophia jogou água no rosto de Jay, que fechou os olhos. Sophia começou a rir, assim como todos nós.
-Ai, mas eu mereço... – Levou a mão ao rosto, secando-o e abrindo os olhos. Sophia olhou para ele e mordeu o lábio inferior, escondendo um sorriso. Admito que senti uma pontada de ciúmes, o jeito que ela mordia o lábio sempre foi a coisa que eu mais gostava que ela fazia. Gostava não, a coisa que eu mais gosto. – Vem cá, vem. – Puxou Sophia pela mão e a empurrou para debaixo d’água.
-Ai. – Submergiu tossindo. – Jay, você me – Tossiu. – Você me paga. – Ele riu e abraçou-a. E assim nós ficamos até umas sete horas, quando todos subiram para descansar e se arrumar.