terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Capitulo 36

POV. Nathan
 
-Sabe, seria muito mais fácil sentir raiva da Lil se ela não fosse tão gostosa. – Jay se apoiou na borda da piscina, olhando para Charlie, que arrumava a cadeira de sol para se deitar.
 
-Digo o mesmo. – Suspirei. Sophia chegou ao lado de Charlie e começou a se despir. – Por que ela faz isso com o meu coração? – Levei a mão ao peito e Max e Jay riram.
 
-Eu nunca acreditei quando diziam que as brasileiras eram as mais gostosas... – Max negava com a cabeça, com um sorriso malicioso nos lábios. – Mas olha, essas três...
 
-Eu sei. – Jay bufou. – Eu ainda posso sentir ela me arranhando. – Balançou a cabeça e levantou os óculos escuros. – Eu preciso fazer alguma coisa em relação a isso.
 
-Não tem muito o que fazer. – Bufei. – Não acredito que agente volta pra Londres amanha. – Olhei para cima. Eu vou sentir muita falta desse sol.
 
-Ih, ó lá. – Jay apontou com a cabeça para Izzie, que se levantou da cadeira e veio até a borda na piscina. – Max...
 
-Não precisa nem falar. – Ela soltou o cabelo e balançou-o. Olhei para Max, que franziu o nariz e abriu sua boca em um perfeito “O”. – Eu tenho muita sorte. – Sorriu e eu e Jay gargalhamos. Izzie pulou na piscina e nadou até Max.
 
-Oi amor. – Sorriu e se virou para nós. – Vamos nos encontrar aqui na piscina mais tarde?
 
-Por que agente não sai? – Jay franziu o cenho.
 
-A Lil não quer.
 
-Ah.
 
-Não começa Jay. – Fuzilou-o com os olhos. – Enfim, agente traz bebida e fica por aqui mesmo, pode ser?
 
-Claro. – Sorri. – Todo mundo?
 
-Não não, Nathan. Só eu e você mesmo. – Revirou os olhos e eu lhe mostrei a língua.
 
-Hei. – Max olhou para ela e ela gargalhou alto.
 
-Ai. Meu. Menino. Ciumento. – Falou entre selinhos. Eu e Jay nos entreolhamos.
 
-Vela, vela! Vendo velas! – Jay gritou e eu fiz uma vela com a mão. Max e Izzie riram.
 
-NATHAAN! – Lil gritou atrás de mim, me assustando. Todos gargalharam da minha reação. – É muito legal fazer isso. – Falou, com dificuldade, por causa da risada exagerada.
 
-Qual o seu problema, velho? – Olhei para ela, segurando a risada.
 
-Muitos. – Ria descontroladamente. Chegava a chorar. Eu mereço né.
 
-Por que você é minha amiga mesmo? – Franzi o cenho, e ela foi parando de rir.
 
-Uma pequena correção ai. – Secava as lagrimas. – Não é amiga é MELHOR amiga. – Deu ênfase na palavra “melhor”.
 
-Mas é convencida. – Neguei com a cabeça.
 
-Você me ama. – Deu de ombros e eu sorri, puxando-a para perto de mim e dando um beijo em sua testa.
 
-Mais que a vida, ogrinha.
 
-Ai que fofos vocês. – Sophia afinou a voz, chegando perto de nós. – Que horas agente se encontra aqui?
 
-Meia noite? – Jay olhou para nós.
 
-Por mim tudo bem. – Concordei, assim como todos os outros.
 
-HÁ! – Sophia jogou água no rosto de Jay, que fechou os olhos. Sophia começou a rir, assim como todos nós.
 
-Ai, mas eu mereço... – Levou a mão ao rosto, secando-o e abrindo os olhos. Sophia olhou para ele e mordeu o lábio inferior, escondendo um sorriso. Admito que senti uma pontada de ciúmes, o jeito que ela mordia o lábio sempre foi a coisa que eu mais gostava que ela fazia. Gostava não, a coisa que eu mais gosto. – Vem cá, vem. – Puxou Sophia pela mão e a empurrou para debaixo d’água.
 
-Ai. – Submergiu tossindo. – Jay, você me – Tossiu. – Você me paga. – Ele riu e abraçou-a. E assim nós ficamos até umas sete horas, quando todos subiram para descansar e se arrumar.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capitulo 35

POV. Charlie
 
Abri a porta de meu quarto e me impulsionei para dentro. Quando ia fechá-la, alguém interrompeu com o pé.
 
-O que você quer? – Abri a porta e seus olhos azuis me encararam.
 
-Conversar. – Um sorriso malicioso apareceu em seus lábios. Jay se aproximou de mim e me puxou pela cintura. Mas eu me afastei dele.
 
-Não to no clima pra esse tipo de conversa. – Me afastei de e entrei no quarto, já esperando que ele entrasse atrás, e ele entrou, fechando a porta.
 
-Ah, eu te deixo afim. – Colou seu corpo ao meu. – Me deixa te mostrar. – Aproximou seus lábios dos meus, mas eu o empurrei.
 
-Acredite, eu sei. Não precisa me mostrar. - Ri pelo nariz e me sentei na cama.
 
-O que aconteceu, Lil? – Sentei-me na cama e ele apoiou seus braços, cada um de um lado e aproximou seu rosto do meu. Olhei seus olhos azuis e eles imediatamente me hipnotizaram. Argh, eu odeio ele. Eu odeio o efeito que ele tem sobre mim. Eu odeio aquele sorriso perfeito. Aqueles cachos lindos. Aquela cara de anjo. Aqueles olhos azuis... Não. Charlie. Para.  – Dá pra me responder? – Quando voltei a realidade ele estava sentado ao meu lado. Balancei a cabeça afastando os pensamentos e suspirei.
 
-To com sono. – Sorri sem vontade alguma. – Boa noite. – Me levantei e fui até a porta, abrindo-a. – Adeus. – Apontei para fora. Jay riu baixo e negou com a cabeça. Se levantou e foi até a porta, ficando de frente a mim. – Vai. Tchau. – Apontei para fora com a cabeça e ele levou sua mão a minha nuca, acariciando minha bochecha com o polegar. – O-o que você t-tá fazendo? – Gaguejei. Af, eu me odeio. Jay se aproximou de mim e roçou seus lábios nos meus. Suas mãos desceram até a minha cintura, me colando a ele e colando nossos lábios. Nossas línguas brincavam juntas e minhas mãos foram ao seu pescoço. Emaranhei uma delas em seus cachos, puxando-os de leve.
 
-Agora dá pra você me falar o que aconteceu? – Grudou nossas testas. Suspirei e fechei os olhos.
 
-Eu to fazendo boiolisse. – Abri meus olhos e Jay ria. – Que foi?
 
-Sei lá, eu acho engraçado esse seu sotaque.
 
-Mas eu não tenho sotaque. – Franzi o cenho. Ele estava desmerecendo meu inglês? Mas que porra?
 
-Tem sim. Sotaque americano. – Sorriu bobo. E eu não me contive e sorri junto. – Eu acho fofo.
 
-Já o seu né... – Me desvencilhei de seus braços e fui me olhar no espelho. Jay apareceu atrás de mim e apoiou suas mãos na mesinha a nossa frente, uma em cada lado do meu corpo. Olhei para ele pelo espelho.
 
-O que aconteceu, Lil? – Apoiou seu queixo em meu ombro. – A verdade, por favor.
 
-Por que você se importa? – Perguntei baixo, olhando minhas unhas.
 
-Precisa ter motivo? – Sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei. Balancei a cabeça em positividade. Jay suspirou e me virou de frente para ele. Selou seus lábios aos meus. Ele pediu passagem para sua língua e eu 
cedi, deixando-o aprofundar o beijo. – Tá ai o seu motivo.
 
-Bem mostrado. – Jay sorriu. O que eu estava sentindo eu não sabia, mas o ódio se tornou mais fraco. Mas eu sabia que não duraria. Suspirei e me soltei de seus braços, com os olhos lacrimejados. Deus, eu estou de TPM, só pode. Caralho. Me joguei na cama e Jay veio atrás.
 
-Por que você está chorando? – Se sentou ao meu lado. Funguei e continuei olhando para o teto. – Lil?
 
-Eu não confio em você. – Falei de uma vez e o olhei, percebendo logo a merda que eu tinha feito. Mas uma vez dito não dá pra ser “desdito” então continuei. – Eu quero. Muito. Mas não consigo. Tenho essa sensação estranha dentro de mim que diz que eu não deveria confiar no que eu to... Sentindo. Argh, que bixisse. – Sequei as lágrimas e tapei os olhos com as mãos.
 
-Então... Você vai acreditar nessa sensação e não em mim?
 
-Não distorce o que eu falei, Jay. – Olhei para ele.
 
-Eu não distorci, foi isso o que eu entendi. – Se levantou e caminhou até a porta, mas parou e virou-se para mim. – Eu tentei. Eu tentei não sentir nada, tá bom? Mas não tentei o suficiente, talvez por que eu não quisesse não sentir nada, talvez eu quisesse você. – Me sentei na cama e o encarei. Ele suspirou e continuou. – Eu tentei. Realmente. Mas não consegui, não fui forte o bastante pra lutar contra! – Seu tom de voz começou a aumentar.
 
-Fala baixo Jay!
 
-Mas já que você não confia em mim não adianta tentar te fazer entender! – Ele estava quase gritando. Já estava me assustando.
 
-Jay! Fala baixo.
 
-Não Lil! Eu não vou falar baixo.
 
-Fala baixo ou vai embora! – Me levantei da cama.
 
-Você não manda em mim, vadia. – Ele falou e eu arregalei os olhos. Jay percebendo o que havia falado se aproximou de mim. – Não, não foi isso que eu... – Não o deixei terminar e dei um tapa que, honestamente, doeu mais em mim do que deve ter doido nele.
 
-Vai embora daqui. Eu não quero ouvir sua voz, eu não quero ver seus olhos, eu não quero nem ouvir o seu nome. Vai embora daqui. Some. Desaparece. – Abri a porta e empurrei-o para fora. Não acredito que ele me chamou de ‘vadia’. Eu não havia dito nada. Eu não sei por que fui ceder. Se eu tivesse sido esperta nada disso teria acontecido. Mas não, eu tinha que ser burra e me apaixonar pelo pegador da banda. Claro, Charlie, você só quer ser idiota nessa vida. Pra que ser inteligente né?



[Eu sei que não tenho postado tanto quanto eu postava alguns dias atrás, é que as aulas começaram e eu to passando mais da metade dos dias na escola, ai nem dá pra postar muita coisa. Esse capitulo tá meio mal escrito mas eu queria atualizar, só pra não deixar isso aqui mofando né? Depois eu posto mais ! Comenteeeeem! Eu amo quando vocês comentam. Comentem aqui ou lá no twitter (@OnePrison3r) eu amo amo amo comentarios. Bom é isso (;  ]

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Capitulo 34

POV. Narradora
 
Nathan engoliu seco e olhou para Jay, que estava no mesmo estado que ele. Pasmos. Era a palavra que descrevia bem aqueles dois no momento.
 
-Ah, eu continuo com a Naree. – Siva sorriu, simpático. Ah, como eles queriam ser Siva ou Tom naquele momento.
 
-Eu e a Kelsey estamos bem também. – Tom sorriu.
 
-Jay, Nath, Max? – O apresentador os olhou, sorrindo. Max sorriu de volta.
 
-Ah... É complicado. – Ele riu, assim como o entrevistador.
 
-Complicado do jeito bom ou do jeito ruim? – Ele levantou uma das sobrancelhas e Max suspirou.
 
-Acho que... Não, espero que seja do jeito bom né. – Riu mais um pouco. O entrevistador acenou com a cabeça, rindo. Izzie sorriu e Max a olhou, piscando logo em seguida.
 
-Jay? – Se virou para ele.
 
-Ah não, a Sophia precisa ouvir isso. – Lil tirou o celular do bolso e discou o número de Sophia, mas algo a fez parar.
 
-Livre, leve e solto. – Sorriu maliciosamente. Lil tirou os olhos do celular e olhou Jay, que devolveu seu olhar e ficou sério no mesmo minuto. “Fiz merda.” Foi o que passou em sua cabeça.
 
-Lil? – A voz no telefone interrompeu os pensamentos de Lil, que logo balançou a cabeça, afastando-os.
 
-Oi, escuta isso. – Colocou o telefone perto da saída de som do radio pelo qual as meninas ouviam a entrevista.
 
-Nathan? E você? – O entrevistador o olhou.
 
-Mas o que...
 
-Só escuta Sophia. – Izzie a interrompeu. Nathan olhou para Jay que o observava e suspirou.
 
-A verdade é que eu estou encrencado. – A linha de telefone se silenciou no mesmo minuto, assim como todos no estúdio para ouvi-lo. – Eu fiz uma coisa que não devia e afastei quem eu realmente gostava. – Ele sorriu fraco.
 
-B-bom... – O apresentador gaguejou, aparentemente surpreso com a resposta de Nathan.
 
-Por que você me ligou Lil? – Sophia falou, aparentemente com a voz embargada. Charlie suspirou e aproximou o celular do ouvido, desligando o viva-voz.
 
-Você precisava ouvir. – Sophia fungou e desligou o telefone. Lil suspirou e voltou a olhar a entrevista.
 
-Acho que acabamos, não meninos? – Todos concordaram e assim a entrevista terminou. Nathan se esgueirou entre todos, tentando passar rapidamente, mas foi parado por Charlie, que o puxou e abraçou.
 
-Por que isso? – Ele perguntou, ainda abraçado a ela.
 
-Fala com ela, Nath. Ela ouviu tudo. – Charlie sorriu para ele, e se soltou, andando em direção a Nareesha. Todos saíram do prédio e entraram na van, em direção ao hotel.
 
Nathan subiu o elevador e se dirigiu lentamente até seu apartamento. Sophia havia sumido, mas suas coisas continuavam lá. Sentou-se na cama e afundou o rosto no travesseiro.
 
-Você é um idiota, Nathan. – Falou consigo mesmo, com a voz abafada pelo travesseiro. – Um idiota, babaca, imbecil, vagabundo...
 
-Não esquece do cafajeste. – Sophia cruzou os braços. Nathan se virou lentamente encarando-a.
 
-Soph...
 
-Eu só vim aqui – Ela o interrompeu. – Pra te perguntar uma coisa. – Olhou em seus olhos e por um minuto se perdeu na imensidão verde que a encarava de volta com a mesma intensidade. Nathan se sentou na cama. – O que você falou... Na radio. Era verdade? – Nathan suspirou e acenou com a cabeça. Sophia espremeu os lábios contendo as lágrimas e se aproximou dele, dando-lhe um tapa estalado na face.
 
-Mais um... – Sua voz quase não saiu.
 
-Você não presta, Sykes. Não sei por que eu tive a capacidade de ser tão idiota em me deixar pensar que você seria diferente. – Conteu as lágrimas que queriam cair. Não choraria, não por ele. – Eu mal te conheço! Eu conheço o Nathan Sykes da frente das câmeras. Esse Nathan Sykes eu não conheço. E nem pretendo conhecer.
 
-Eu cometi um erro, tá? – Ele se levantou, encarando-a com fúria. Aquele tapa havia doido, não em seu físico, mas seu emocional. – Eu sou um ser humano e eu cometo erros. – Segurou em seus braços. – Mas eu nunca me arrependi tanto de ter cometido um erro.
 
-Não começa! – Sophia fuzilou-o. – Não começa com “eu estou arrependido. Me desculpe”. Isso não cola mais. – Soltou seus braços com violência e empurrou-o.
 
-O que mais você quer que eu fale? – Se aproximou dela novamente. – Um “eu te amo” não rola, Sophia. Não vou falar isso.
 
-EU NÃO QUERO QUE VOCÊ FALE ISSO NATHAN! – Sophia se descontrolou, assustando-o. Ela perdeu o controle das lágrimas, que já começaram a cair. Ela levou as mãos à cabeça e chacoalhou-a. – Eu quero que você seja sincero. – Sua voz saiu falhada, quase como um sussurro, ao voltar a encará-lo. –Eu quero que você fale o que se passa na sua cabeça. – As lágrimas escorriam por seu rosto enquanto encarava-o com dor e mágoa nos olhos. – Ver aquilo me magoou, Nathan. Mas eu não quero que você fale “eu te amo” até por que eu não posso falar o mesmo também. – Secou as lágrimas, mas logo outras começaram a cair. – Eu quero que você seja sincero. Eu quero que você fale por que você fez aquilo, por que me iludiu daquele jeito pra depois ficar com uma qualquer. – Suas lágrimas já desciam descontroladas, Nathan a encarava. Nunca nada o tinha afetado tanto quanto aquilo.
 
-Você quer que eu seja sincero? – Nathan perguntou e Sophia acenou com a cabeça, já chorando. – Ela deu em cima de mim... – Engoliu em seco. – Mas eu não dei de volta, e quando eu fui pro corredor ela me beijou e eu... – Olhou para ela e pensou duas vezes antes de continuar. – Eu pensei ‘que mal faria?’, você não estava vendo mesmo. – Abaixou a cabeça e segurou as lágrimas. Não de tristeza, mas de vergonha. Sophia fechou os olhos com força e jogou a cabeça para trás, deixando as lágrimas caírem. Nathan a olhou e espremeu os lábios. Segurou em seus pulsos, mas ela o empurrou. – Vem cá. – Sophia se debatia tentando se livrar dos braços de Nathan, mas o moreno a puxou junto dele e a abraçou. Sophia se entregou e abraçou o corpo dele, molhando sua camisa com suas lágrimas. – Me desculpe. – Sussurrou para ela. Sophia não respondeu, apenas o empurrou e saiu correndo do quarto.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Capitulo 33

POV. Sophia

Acordei com os raios de sol que batiam no meu rosto. Abri meus olhos e eles foram instantaneamente queimados pela luminosidade em excesso. Fechei-os logo em seguida. Senti um peso em meu corpo e os forcei a abrir novamente, observando a imagem que lentamente tornava-se nítida a minha visão.

-Tá melhor? – Izzie falou e eu me virei para ela, observando-a abrir os olhos lentamente. E então me dei conta da dor que estava sentindo, minha cabeça parecia a ponto de explodir.

-Tirando a dor de cabeça? – Franzi o cenho, tentando ignorar a dor latejante. Sem sucesso. - Talvez...

-Você chorou até dormir. – Lil falou e eu mexi a cabeça, procurando-a. – To aqui em baixo. – Uma mão apareceu ao lado da cama, e eu ri pelo nariz, virando-me para vê-la. Lil se espreguiçava. – Ai minhas costas. – Franziu o nariz e fechou os olhos com força enquanto se sentava.

-Me desculpe. – Cocei a cabeça. - Senhor... Minha cabeça... – Me sentei na cama e coloquei as mãos entre minhas mãos, fechando os olhos com força. Flashes da noite passada vieram à tona. Nathan. Menina morena. Selinho. Jay e Charlie. Nathan de novo. Abajur. Abajur? – Eu acertei o Nathan com um abajur?!

-Quase. – Izzie coçou os olhos e levantou-se. Suspirei aliviada, pelo menos matar o cara que eu gosto foi uma coisa que eu não fiz. Charlie ia falar algo, mas uma batida na porta nos interrompeu. Izzie se dirigiu até a porta e abriu-a, relevando Nareesha.

-Temos a entrevista se lembram? – Ela entrou no quarto e se sentou ao meu lado. – Tá melhor?

-Menos mal. – Dei de ombros e cocei os olhos. – A gente precisa mesmo ir?

-Se você não quer ir, não precisa. – Naree sorriu fraco. E eu a agradeci, sorrindo de volta. – Mas vocês vão.

-Por quê? – Lil perguntou, indignada.

-Por que sim, a Sophia tem motivos pra não ir, vocês vão me fazer companhia. – Naree apontou para ela, e Izzie gargalhou enquanto se maquiava em frente ao espelho.

-E a Kelsey? – Lil perguntou, procurando alguma roupa dentro da mala, sem vontade alguma.

-Tá com cólica. – Franziu o cenho.

-Depois eu vou lá então. – Me levantei da cama indo em direção ao banheiro.

POV. Izzie

Depois de algum tempo, Naree, eu e Lil saímos do quarto, deixando Sophia sozinha (Lil, Izzie). Descemos e encontramos os meninos. Saímos do hotel e entramos na van, indo direto para o local da entrevista. Pelo que pudemos perceber, era uma entrevista de rádio, e o local estava cheio de meninas (e meninos) gritando feito loucos. Saímos da van e os meninos pararam para dar atenção a algumas fãs.

-IZZIE! – Uma menina morena, quase esmagada à grade, me chamou com a mão. Fui até ela e ela me deu um abraço. – Tira uma foto comigo?

-Claro. – Respondi, sorridente, e me mexi para ficar ao lado dela. Ela tirou a foto e sorriu para mim.

-Chama a Lil. – E apontou para ela. Charlie me olhou na mesma hora e eu a chamei com a mão. – Tira uma foto comigo? – A menina perguntou enquanto ela se aproximava. Charlie sorriu e abraçou a menina, tirando a foto logo em seguida. Max se aproximou de mim e tocou minha cintura.

-Estamos entrando, vamos? – Sussurrou perto de meu ouvido devido ao enorme barulho exercido pelos gritos. Isso não deu muito certo, por que só fez com que os gritos se fortalecessem. Demos um ultimo abraço na menina e Jay logo se aproximou, puxando Charlie pela mão. Entramos na rádio e após alguns minutos a entrevista começou. Os meninos foram muito engraçados, gentis e tranqüilos. Tudo estava bem até o único assunto que eu torcia desesperadamente para não tocassem foi trazido à questão:

-Vamos falar de relacionamentos. – O entrevistador sorriu e eu e Charlie nos entreolhamos.