POV. Charlie
Abri a porta de meu quarto e me impulsionei para dentro. Quando ia fechá-la, alguém interrompeu com o pé.
-O que você quer? – Abri a porta e seus olhos azuis me encararam.
-Conversar. – Um sorriso malicioso apareceu em seus lábios. Jay se aproximou de mim e me puxou pela cintura. Mas eu me afastei dele.
-Não to no clima pra esse tipo de conversa. – Me afastei de e entrei no quarto, já esperando que ele entrasse atrás, e ele entrou, fechando a porta.
-Ah, eu te deixo afim. – Colou seu corpo ao meu. – Me deixa te mostrar. – Aproximou seus lábios dos meus, mas eu o empurrei.
-Acredite, eu sei. Não precisa me mostrar. - Ri pelo nariz e me sentei na cama.
-O que aconteceu, Lil? – Sentei-me na cama e ele apoiou seus braços, cada um de um lado e aproximou seu rosto do meu. Olhei seus olhos azuis e eles imediatamente me hipnotizaram. Argh, eu odeio ele. Eu odeio o efeito que ele tem sobre mim. Eu odeio aquele sorriso perfeito. Aqueles cachos lindos. Aquela cara de anjo. Aqueles olhos azuis... Não. Charlie. Para. – Dá pra me responder? – Quando voltei a realidade ele estava sentado ao meu lado. Balancei a cabeça afastando os pensamentos e suspirei.
-To com sono. – Sorri sem vontade alguma. – Boa noite. – Me levantei e fui até a porta, abrindo-a. – Adeus. – Apontei para fora. Jay riu baixo e negou com a cabeça. Se levantou e foi até a porta, ficando de frente a mim. – Vai. Tchau. – Apontei para fora com a cabeça e ele levou sua mão a minha nuca, acariciando minha bochecha com o polegar. – O-o que você t-tá fazendo? – Gaguejei. Af, eu me odeio. Jay se aproximou de mim e roçou seus lábios nos meus. Suas mãos desceram até a minha cintura, me colando a ele e colando nossos lábios. Nossas línguas brincavam juntas e minhas mãos foram ao seu pescoço. Emaranhei uma delas em seus cachos, puxando-os de leve.
-Agora dá pra você me falar o que aconteceu? – Grudou nossas testas. Suspirei e fechei os olhos.
-Eu to fazendo boiolisse. – Abri meus olhos e Jay ria. – Que foi?
-Sei lá, eu acho engraçado esse seu sotaque.
-Mas eu não tenho sotaque. – Franzi o cenho. Ele estava desmerecendo meu inglês? Mas que porra?
-Tem sim. Sotaque americano. – Sorriu bobo. E eu não me contive e sorri junto. – Eu acho fofo.
-Já o seu né... – Me desvencilhei de seus braços e fui me olhar no espelho. Jay apareceu atrás de mim e apoiou suas mãos na mesinha a nossa frente, uma em cada lado do meu corpo. Olhei para ele pelo espelho.
-O que aconteceu, Lil? – Apoiou seu queixo em meu ombro. – A verdade, por favor.
-Por que você se importa? – Perguntei baixo, olhando minhas unhas.
-Precisa ter motivo? – Sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei. Balancei a cabeça em positividade. Jay suspirou e me virou de frente para ele. Selou seus lábios aos meus. Ele pediu passagem para sua língua e eu
cedi, deixando-o aprofundar o beijo. – Tá ai o seu motivo.
-Bem mostrado. – Jay sorriu. O que eu estava sentindo eu não sabia, mas o ódio se tornou mais fraco. Mas eu sabia que não duraria. Suspirei e me soltei de seus braços, com os olhos lacrimejados. Deus, eu estou de TPM, só pode. Caralho. Me joguei na cama e Jay veio atrás.
-Por que você está chorando? – Se sentou ao meu lado. Funguei e continuei olhando para o teto. – Lil?
-Eu não confio em você. – Falei de uma vez e o olhei, percebendo logo a merda que eu tinha feito. Mas uma vez dito não dá pra ser “desdito” então continuei. – Eu quero. Muito. Mas não consigo. Tenho essa sensação estranha dentro de mim que diz que eu não deveria confiar no que eu to... Sentindo. Argh, que bixisse. – Sequei as lágrimas e tapei os olhos com as mãos.
-Então... Você vai acreditar nessa sensação e não em mim?
-Não distorce o que eu falei, Jay. – Olhei para ele.
-Eu não distorci, foi isso o que eu entendi. – Se levantou e caminhou até a porta, mas parou e virou-se para mim. – Eu tentei. Eu tentei não sentir nada, tá bom? Mas não tentei o suficiente, talvez por que eu não quisesse não sentir nada, talvez eu quisesse você. – Me sentei na cama e o encarei. Ele suspirou e continuou. – Eu tentei. Realmente. Mas não consegui, não fui forte o bastante pra lutar contra! – Seu tom de voz começou a aumentar.
-Fala baixo Jay!
-Mas já que você não confia em mim não adianta tentar te fazer entender! – Ele estava quase gritando. Já estava me assustando.
-Jay! Fala baixo.
-Não Lil! Eu não vou falar baixo.
-Fala baixo ou vai embora! – Me levantei da cama.
-Você não manda em mim, vadia. – Ele falou e eu arregalei os olhos. Jay percebendo o que havia falado se aproximou de mim. – Não, não foi isso que eu... – Não o deixei terminar e dei um tapa que, honestamente, doeu mais em mim do que deve ter doido nele.
-Vai embora daqui. Eu não quero ouvir sua voz, eu não quero ver seus olhos, eu não quero nem ouvir o seu nome. Vai embora daqui. Some. Desaparece. – Abri a porta e empurrei-o para fora. Não acredito que ele me chamou de ‘vadia’. Eu não havia dito nada. Eu não sei por que fui ceder. Se eu tivesse sido esperta nada disso teria acontecido. Mas não, eu tinha que ser burra e me apaixonar pelo pegador da banda. Claro, Charlie, você só quer ser idiota nessa vida. Pra que ser inteligente né? [Eu sei que não tenho postado tanto quanto eu postava alguns dias atrás, é que as aulas começaram e eu to passando mais da metade dos dias na escola, ai nem dá pra postar muita coisa. Esse capitulo tá meio mal escrito mas eu queria atualizar, só pra não deixar isso aqui mofando né? Depois eu posto mais ! Comenteeeeem! Eu amo quando vocês comentam. Comentem aqui ou lá no twitter (@OnePrison3r) eu amo amo amo comentarios. Bom é isso (; ]
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