domingo, 10 de março de 2013

Capitulo 37

POV. Narradora
 
-Onde estão os menin... – Lil falava, mas foi interrompida quando Jay a assustou ameaçando jogá-la na piscina e depois abraçando-a por trás. – JAY FILHO DUMA PUTA MCGUINESS! – Gritou e Jay riu.
 
-Acho que isso responde sua pergunta. – Izzie segurou a risada. Charlie bufou e deu uma cotovelada em Jay, que a soltou ainda rindo. Todos chegaram e se acomodaram na parte mais deserta e afastada da piscina. Se sentaram em uma roda, todos no chão.
 
-Ok, o que vamos fazer? – Nathan olhou para todos. Sophia mordeu o lábio sorrindo.
 
-Que tal se a gente fizesse aquele jogo do “Eu nunca”? E a punição seria beber um gole de... – Olhou ao seu redor e pegou uma garrafa de vokda que estava atrás dela. – Um gole de vokda. – Sorriu maliciosa.
 
-Vamos deixar isso interessante! – Jay resmungou.
 
-Mais interessante que isso? – Lil arregalou os olhos. – O que você sugere?
 
-Uma peça de roupa ou um beijo. – Jay sugeriu. – E a vodka claro. – Riu. Se olharam, mas logo concordaram e a brincadeira começou.
 
-Hm... Eu nunca... – Kelsey espremeu os lábios, pensativa. – Traí meu namorado ou namorada. – Sorriu maliciosa e Lil bufou, retirando o casaquinho que usava. – Sério Lil?
 
-Sim. Ele era gato e foi uma revanche. – Deu de ombros e piscou para Kelsey, que soltou um riso alto. Nathan olhou para Sophia e retirou sua camiseta, a morena abaixou a cabeça, contendo as lágrimas.
 
-E-eu... – Balançou a cabeça e saiu correndo, deixando todos, exceto Nathan, surpresos. O moreno pegou sua camiseta e se levantou.
 
-Eu vou atrás dela. – Vestiu-a.
 
-Não vai a lugar nenhum. – Lil se levantou e apontou seu indicador para ele. Jay pegou em sua mão e a puxou para baixo. – Não me toque.
 
-Deixa ele ir Charlie. – Jay falou, ainda sentado.
 
-Não me chama de Charlie. – Lil desviou seu olhar de Nathan para Jay. Nathan aproveitou e saiu correndo atrás de Sophia. – SE VOCÊ MACHUCAR ELA SYKES, EU CORTO SEU PINTO FORA! – Foi a ultima coisa que ouviu e soltou uma risada leve.
 
POV. Sophia
 
Corri muito antes de para a beira mar e deixar a gravidade agir. Cai no chão de joelhos e comecei a chorar. Por que dói tanto? Nathan não era nada meu, estávamos só ficando, eu não tinha o direito de ficar triste. Ele simplesmente agiu como um cara normal que viu uma menina bonita e foi isso... Eu não tinha o direito de estar chorando.
 
-Me desculpe. – Levantei minha cabeça quando ouvi a voz tão conhecida. Me virei para Nathan e ele estava de pé atrás de mim. Abri a boca para falar mas ele me interrompeu. – Me desculpe, me desculpe, me desculpe, me desculpe, me...
 
-Só para! – Me levantei e encarei ele. Seus olhos estavam mareados. – Eu não agüento mais desculpas, eu simplesmente não agüento. – Solucei. Nem percebi que estava chorando. Seus olhos verdes me encaravam sérios e mareados.
 
-Eu sinto muito. – Ri pelo nariz.
 
-É a mesma coisa que “me desculpe”, Nath. – Desviei meu olhar e cruzei os braços.
 
-É por que eu sinto muito mesmo. – Tocou meu rosto e eu voltei a olhá-lo. – O que eu fiz foi idiotice. Eu fui um total imbecil por fazer o que eu fiz pra você. Você não merecia. – Uma lágrima escapou de seus olhos. – Você merece alguém melhor que eu, mas eu não conseguiria imaginar com qualquer outro por que...
 
-Por que... – Incentivei.
 
-Por que eu não sei mais ficar sem você. – Tocou meu rosto novamente. – Você está nas minhas veias, você é o meu ar, eu não consigo me imaginar sem você, Sophia. Você me enfeitiçou completamente.
 
-Nathan...
 
-Me desculpe... – Encostou sua testa a minha. – Por tudo. – Uma lágrima escorreu de seus olhos verdes. Eu não me contive e o puxei pela nuca, selando nossos lábios. Que saudades que eu sentia de seus lábios, de sua pele, de seu abraço.
 
-Nunca mais faça isso. – Encostei minha testa a sua após separar nossos lábios. – Eu não agüentaria uma segunda vez.
 
-Eu não vou. – Olhou em meus olhos. – Eu também não agüentaria ficar longe de você. – Sorri e abracei-o, apertando o mais forte que podia.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Capitulo 36

POV. Nathan
 
-Sabe, seria muito mais fácil sentir raiva da Lil se ela não fosse tão gostosa. – Jay se apoiou na borda da piscina, olhando para Charlie, que arrumava a cadeira de sol para se deitar.
 
-Digo o mesmo. – Suspirei. Sophia chegou ao lado de Charlie e começou a se despir. – Por que ela faz isso com o meu coração? – Levei a mão ao peito e Max e Jay riram.
 
-Eu nunca acreditei quando diziam que as brasileiras eram as mais gostosas... – Max negava com a cabeça, com um sorriso malicioso nos lábios. – Mas olha, essas três...
 
-Eu sei. – Jay bufou. – Eu ainda posso sentir ela me arranhando. – Balançou a cabeça e levantou os óculos escuros. – Eu preciso fazer alguma coisa em relação a isso.
 
-Não tem muito o que fazer. – Bufei. – Não acredito que agente volta pra Londres amanha. – Olhei para cima. Eu vou sentir muita falta desse sol.
 
-Ih, ó lá. – Jay apontou com a cabeça para Izzie, que se levantou da cadeira e veio até a borda na piscina. – Max...
 
-Não precisa nem falar. – Ela soltou o cabelo e balançou-o. Olhei para Max, que franziu o nariz e abriu sua boca em um perfeito “O”. – Eu tenho muita sorte. – Sorriu e eu e Jay gargalhamos. Izzie pulou na piscina e nadou até Max.
 
-Oi amor. – Sorriu e se virou para nós. – Vamos nos encontrar aqui na piscina mais tarde?
 
-Por que agente não sai? – Jay franziu o cenho.
 
-A Lil não quer.
 
-Ah.
 
-Não começa Jay. – Fuzilou-o com os olhos. – Enfim, agente traz bebida e fica por aqui mesmo, pode ser?
 
-Claro. – Sorri. – Todo mundo?
 
-Não não, Nathan. Só eu e você mesmo. – Revirou os olhos e eu lhe mostrei a língua.
 
-Hei. – Max olhou para ela e ela gargalhou alto.
 
-Ai. Meu. Menino. Ciumento. – Falou entre selinhos. Eu e Jay nos entreolhamos.
 
-Vela, vela! Vendo velas! – Jay gritou e eu fiz uma vela com a mão. Max e Izzie riram.
 
-NATHAAN! – Lil gritou atrás de mim, me assustando. Todos gargalharam da minha reação. – É muito legal fazer isso. – Falou, com dificuldade, por causa da risada exagerada.
 
-Qual o seu problema, velho? – Olhei para ela, segurando a risada.
 
-Muitos. – Ria descontroladamente. Chegava a chorar. Eu mereço né.
 
-Por que você é minha amiga mesmo? – Franzi o cenho, e ela foi parando de rir.
 
-Uma pequena correção ai. – Secava as lagrimas. – Não é amiga é MELHOR amiga. – Deu ênfase na palavra “melhor”.
 
-Mas é convencida. – Neguei com a cabeça.
 
-Você me ama. – Deu de ombros e eu sorri, puxando-a para perto de mim e dando um beijo em sua testa.
 
-Mais que a vida, ogrinha.
 
-Ai que fofos vocês. – Sophia afinou a voz, chegando perto de nós. – Que horas agente se encontra aqui?
 
-Meia noite? – Jay olhou para nós.
 
-Por mim tudo bem. – Concordei, assim como todos os outros.
 
-HÁ! – Sophia jogou água no rosto de Jay, que fechou os olhos. Sophia começou a rir, assim como todos nós.
 
-Ai, mas eu mereço... – Levou a mão ao rosto, secando-o e abrindo os olhos. Sophia olhou para ele e mordeu o lábio inferior, escondendo um sorriso. Admito que senti uma pontada de ciúmes, o jeito que ela mordia o lábio sempre foi a coisa que eu mais gostava que ela fazia. Gostava não, a coisa que eu mais gosto. – Vem cá, vem. – Puxou Sophia pela mão e a empurrou para debaixo d’água.
 
-Ai. – Submergiu tossindo. – Jay, você me – Tossiu. – Você me paga. – Ele riu e abraçou-a. E assim nós ficamos até umas sete horas, quando todos subiram para descansar e se arrumar.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Capitulo 35

POV. Charlie
 
Abri a porta de meu quarto e me impulsionei para dentro. Quando ia fechá-la, alguém interrompeu com o pé.
 
-O que você quer? – Abri a porta e seus olhos azuis me encararam.
 
-Conversar. – Um sorriso malicioso apareceu em seus lábios. Jay se aproximou de mim e me puxou pela cintura. Mas eu me afastei dele.
 
-Não to no clima pra esse tipo de conversa. – Me afastei de e entrei no quarto, já esperando que ele entrasse atrás, e ele entrou, fechando a porta.
 
-Ah, eu te deixo afim. – Colou seu corpo ao meu. – Me deixa te mostrar. – Aproximou seus lábios dos meus, mas eu o empurrei.
 
-Acredite, eu sei. Não precisa me mostrar. - Ri pelo nariz e me sentei na cama.
 
-O que aconteceu, Lil? – Sentei-me na cama e ele apoiou seus braços, cada um de um lado e aproximou seu rosto do meu. Olhei seus olhos azuis e eles imediatamente me hipnotizaram. Argh, eu odeio ele. Eu odeio o efeito que ele tem sobre mim. Eu odeio aquele sorriso perfeito. Aqueles cachos lindos. Aquela cara de anjo. Aqueles olhos azuis... Não. Charlie. Para.  – Dá pra me responder? – Quando voltei a realidade ele estava sentado ao meu lado. Balancei a cabeça afastando os pensamentos e suspirei.
 
-To com sono. – Sorri sem vontade alguma. – Boa noite. – Me levantei e fui até a porta, abrindo-a. – Adeus. – Apontei para fora. Jay riu baixo e negou com a cabeça. Se levantou e foi até a porta, ficando de frente a mim. – Vai. Tchau. – Apontei para fora com a cabeça e ele levou sua mão a minha nuca, acariciando minha bochecha com o polegar. – O-o que você t-tá fazendo? – Gaguejei. Af, eu me odeio. Jay se aproximou de mim e roçou seus lábios nos meus. Suas mãos desceram até a minha cintura, me colando a ele e colando nossos lábios. Nossas línguas brincavam juntas e minhas mãos foram ao seu pescoço. Emaranhei uma delas em seus cachos, puxando-os de leve.
 
-Agora dá pra você me falar o que aconteceu? – Grudou nossas testas. Suspirei e fechei os olhos.
 
-Eu to fazendo boiolisse. – Abri meus olhos e Jay ria. – Que foi?
 
-Sei lá, eu acho engraçado esse seu sotaque.
 
-Mas eu não tenho sotaque. – Franzi o cenho. Ele estava desmerecendo meu inglês? Mas que porra?
 
-Tem sim. Sotaque americano. – Sorriu bobo. E eu não me contive e sorri junto. – Eu acho fofo.
 
-Já o seu né... – Me desvencilhei de seus braços e fui me olhar no espelho. Jay apareceu atrás de mim e apoiou suas mãos na mesinha a nossa frente, uma em cada lado do meu corpo. Olhei para ele pelo espelho.
 
-O que aconteceu, Lil? – Apoiou seu queixo em meu ombro. – A verdade, por favor.
 
-Por que você se importa? – Perguntei baixo, olhando minhas unhas.
 
-Precisa ter motivo? – Sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei. Balancei a cabeça em positividade. Jay suspirou e me virou de frente para ele. Selou seus lábios aos meus. Ele pediu passagem para sua língua e eu 
cedi, deixando-o aprofundar o beijo. – Tá ai o seu motivo.
 
-Bem mostrado. – Jay sorriu. O que eu estava sentindo eu não sabia, mas o ódio se tornou mais fraco. Mas eu sabia que não duraria. Suspirei e me soltei de seus braços, com os olhos lacrimejados. Deus, eu estou de TPM, só pode. Caralho. Me joguei na cama e Jay veio atrás.
 
-Por que você está chorando? – Se sentou ao meu lado. Funguei e continuei olhando para o teto. – Lil?
 
-Eu não confio em você. – Falei de uma vez e o olhei, percebendo logo a merda que eu tinha feito. Mas uma vez dito não dá pra ser “desdito” então continuei. – Eu quero. Muito. Mas não consigo. Tenho essa sensação estranha dentro de mim que diz que eu não deveria confiar no que eu to... Sentindo. Argh, que bixisse. – Sequei as lágrimas e tapei os olhos com as mãos.
 
-Então... Você vai acreditar nessa sensação e não em mim?
 
-Não distorce o que eu falei, Jay. – Olhei para ele.
 
-Eu não distorci, foi isso o que eu entendi. – Se levantou e caminhou até a porta, mas parou e virou-se para mim. – Eu tentei. Eu tentei não sentir nada, tá bom? Mas não tentei o suficiente, talvez por que eu não quisesse não sentir nada, talvez eu quisesse você. – Me sentei na cama e o encarei. Ele suspirou e continuou. – Eu tentei. Realmente. Mas não consegui, não fui forte o bastante pra lutar contra! – Seu tom de voz começou a aumentar.
 
-Fala baixo Jay!
 
-Mas já que você não confia em mim não adianta tentar te fazer entender! – Ele estava quase gritando. Já estava me assustando.
 
-Jay! Fala baixo.
 
-Não Lil! Eu não vou falar baixo.
 
-Fala baixo ou vai embora! – Me levantei da cama.
 
-Você não manda em mim, vadia. – Ele falou e eu arregalei os olhos. Jay percebendo o que havia falado se aproximou de mim. – Não, não foi isso que eu... – Não o deixei terminar e dei um tapa que, honestamente, doeu mais em mim do que deve ter doido nele.
 
-Vai embora daqui. Eu não quero ouvir sua voz, eu não quero ver seus olhos, eu não quero nem ouvir o seu nome. Vai embora daqui. Some. Desaparece. – Abri a porta e empurrei-o para fora. Não acredito que ele me chamou de ‘vadia’. Eu não havia dito nada. Eu não sei por que fui ceder. Se eu tivesse sido esperta nada disso teria acontecido. Mas não, eu tinha que ser burra e me apaixonar pelo pegador da banda. Claro, Charlie, você só quer ser idiota nessa vida. Pra que ser inteligente né?



[Eu sei que não tenho postado tanto quanto eu postava alguns dias atrás, é que as aulas começaram e eu to passando mais da metade dos dias na escola, ai nem dá pra postar muita coisa. Esse capitulo tá meio mal escrito mas eu queria atualizar, só pra não deixar isso aqui mofando né? Depois eu posto mais ! Comenteeeeem! Eu amo quando vocês comentam. Comentem aqui ou lá no twitter (@OnePrison3r) eu amo amo amo comentarios. Bom é isso (;  ]

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Capitulo 34

POV. Narradora
 
Nathan engoliu seco e olhou para Jay, que estava no mesmo estado que ele. Pasmos. Era a palavra que descrevia bem aqueles dois no momento.
 
-Ah, eu continuo com a Naree. – Siva sorriu, simpático. Ah, como eles queriam ser Siva ou Tom naquele momento.
 
-Eu e a Kelsey estamos bem também. – Tom sorriu.
 
-Jay, Nath, Max? – O apresentador os olhou, sorrindo. Max sorriu de volta.
 
-Ah... É complicado. – Ele riu, assim como o entrevistador.
 
-Complicado do jeito bom ou do jeito ruim? – Ele levantou uma das sobrancelhas e Max suspirou.
 
-Acho que... Não, espero que seja do jeito bom né. – Riu mais um pouco. O entrevistador acenou com a cabeça, rindo. Izzie sorriu e Max a olhou, piscando logo em seguida.
 
-Jay? – Se virou para ele.
 
-Ah não, a Sophia precisa ouvir isso. – Lil tirou o celular do bolso e discou o número de Sophia, mas algo a fez parar.
 
-Livre, leve e solto. – Sorriu maliciosamente. Lil tirou os olhos do celular e olhou Jay, que devolveu seu olhar e ficou sério no mesmo minuto. “Fiz merda.” Foi o que passou em sua cabeça.
 
-Lil? – A voz no telefone interrompeu os pensamentos de Lil, que logo balançou a cabeça, afastando-os.
 
-Oi, escuta isso. – Colocou o telefone perto da saída de som do radio pelo qual as meninas ouviam a entrevista.
 
-Nathan? E você? – O entrevistador o olhou.
 
-Mas o que...
 
-Só escuta Sophia. – Izzie a interrompeu. Nathan olhou para Jay que o observava e suspirou.
 
-A verdade é que eu estou encrencado. – A linha de telefone se silenciou no mesmo minuto, assim como todos no estúdio para ouvi-lo. – Eu fiz uma coisa que não devia e afastei quem eu realmente gostava. – Ele sorriu fraco.
 
-B-bom... – O apresentador gaguejou, aparentemente surpreso com a resposta de Nathan.
 
-Por que você me ligou Lil? – Sophia falou, aparentemente com a voz embargada. Charlie suspirou e aproximou o celular do ouvido, desligando o viva-voz.
 
-Você precisava ouvir. – Sophia fungou e desligou o telefone. Lil suspirou e voltou a olhar a entrevista.
 
-Acho que acabamos, não meninos? – Todos concordaram e assim a entrevista terminou. Nathan se esgueirou entre todos, tentando passar rapidamente, mas foi parado por Charlie, que o puxou e abraçou.
 
-Por que isso? – Ele perguntou, ainda abraçado a ela.
 
-Fala com ela, Nath. Ela ouviu tudo. – Charlie sorriu para ele, e se soltou, andando em direção a Nareesha. Todos saíram do prédio e entraram na van, em direção ao hotel.
 
Nathan subiu o elevador e se dirigiu lentamente até seu apartamento. Sophia havia sumido, mas suas coisas continuavam lá. Sentou-se na cama e afundou o rosto no travesseiro.
 
-Você é um idiota, Nathan. – Falou consigo mesmo, com a voz abafada pelo travesseiro. – Um idiota, babaca, imbecil, vagabundo...
 
-Não esquece do cafajeste. – Sophia cruzou os braços. Nathan se virou lentamente encarando-a.
 
-Soph...
 
-Eu só vim aqui – Ela o interrompeu. – Pra te perguntar uma coisa. – Olhou em seus olhos e por um minuto se perdeu na imensidão verde que a encarava de volta com a mesma intensidade. Nathan se sentou na cama. – O que você falou... Na radio. Era verdade? – Nathan suspirou e acenou com a cabeça. Sophia espremeu os lábios contendo as lágrimas e se aproximou dele, dando-lhe um tapa estalado na face.
 
-Mais um... – Sua voz quase não saiu.
 
-Você não presta, Sykes. Não sei por que eu tive a capacidade de ser tão idiota em me deixar pensar que você seria diferente. – Conteu as lágrimas que queriam cair. Não choraria, não por ele. – Eu mal te conheço! Eu conheço o Nathan Sykes da frente das câmeras. Esse Nathan Sykes eu não conheço. E nem pretendo conhecer.
 
-Eu cometi um erro, tá? – Ele se levantou, encarando-a com fúria. Aquele tapa havia doido, não em seu físico, mas seu emocional. – Eu sou um ser humano e eu cometo erros. – Segurou em seus braços. – Mas eu nunca me arrependi tanto de ter cometido um erro.
 
-Não começa! – Sophia fuzilou-o. – Não começa com “eu estou arrependido. Me desculpe”. Isso não cola mais. – Soltou seus braços com violência e empurrou-o.
 
-O que mais você quer que eu fale? – Se aproximou dela novamente. – Um “eu te amo” não rola, Sophia. Não vou falar isso.
 
-EU NÃO QUERO QUE VOCÊ FALE ISSO NATHAN! – Sophia se descontrolou, assustando-o. Ela perdeu o controle das lágrimas, que já começaram a cair. Ela levou as mãos à cabeça e chacoalhou-a. – Eu quero que você seja sincero. – Sua voz saiu falhada, quase como um sussurro, ao voltar a encará-lo. –Eu quero que você fale o que se passa na sua cabeça. – As lágrimas escorriam por seu rosto enquanto encarava-o com dor e mágoa nos olhos. – Ver aquilo me magoou, Nathan. Mas eu não quero que você fale “eu te amo” até por que eu não posso falar o mesmo também. – Secou as lágrimas, mas logo outras começaram a cair. – Eu quero que você seja sincero. Eu quero que você fale por que você fez aquilo, por que me iludiu daquele jeito pra depois ficar com uma qualquer. – Suas lágrimas já desciam descontroladas, Nathan a encarava. Nunca nada o tinha afetado tanto quanto aquilo.
 
-Você quer que eu seja sincero? – Nathan perguntou e Sophia acenou com a cabeça, já chorando. – Ela deu em cima de mim... – Engoliu em seco. – Mas eu não dei de volta, e quando eu fui pro corredor ela me beijou e eu... – Olhou para ela e pensou duas vezes antes de continuar. – Eu pensei ‘que mal faria?’, você não estava vendo mesmo. – Abaixou a cabeça e segurou as lágrimas. Não de tristeza, mas de vergonha. Sophia fechou os olhos com força e jogou a cabeça para trás, deixando as lágrimas caírem. Nathan a olhou e espremeu os lábios. Segurou em seus pulsos, mas ela o empurrou. – Vem cá. – Sophia se debatia tentando se livrar dos braços de Nathan, mas o moreno a puxou junto dele e a abraçou. Sophia se entregou e abraçou o corpo dele, molhando sua camisa com suas lágrimas. – Me desculpe. – Sussurrou para ela. Sophia não respondeu, apenas o empurrou e saiu correndo do quarto.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Capitulo 33

POV. Sophia

Acordei com os raios de sol que batiam no meu rosto. Abri meus olhos e eles foram instantaneamente queimados pela luminosidade em excesso. Fechei-os logo em seguida. Senti um peso em meu corpo e os forcei a abrir novamente, observando a imagem que lentamente tornava-se nítida a minha visão.

-Tá melhor? – Izzie falou e eu me virei para ela, observando-a abrir os olhos lentamente. E então me dei conta da dor que estava sentindo, minha cabeça parecia a ponto de explodir.

-Tirando a dor de cabeça? – Franzi o cenho, tentando ignorar a dor latejante. Sem sucesso. - Talvez...

-Você chorou até dormir. – Lil falou e eu mexi a cabeça, procurando-a. – To aqui em baixo. – Uma mão apareceu ao lado da cama, e eu ri pelo nariz, virando-me para vê-la. Lil se espreguiçava. – Ai minhas costas. – Franziu o nariz e fechou os olhos com força enquanto se sentava.

-Me desculpe. – Cocei a cabeça. - Senhor... Minha cabeça... – Me sentei na cama e coloquei as mãos entre minhas mãos, fechando os olhos com força. Flashes da noite passada vieram à tona. Nathan. Menina morena. Selinho. Jay e Charlie. Nathan de novo. Abajur. Abajur? – Eu acertei o Nathan com um abajur?!

-Quase. – Izzie coçou os olhos e levantou-se. Suspirei aliviada, pelo menos matar o cara que eu gosto foi uma coisa que eu não fiz. Charlie ia falar algo, mas uma batida na porta nos interrompeu. Izzie se dirigiu até a porta e abriu-a, relevando Nareesha.

-Temos a entrevista se lembram? – Ela entrou no quarto e se sentou ao meu lado. – Tá melhor?

-Menos mal. – Dei de ombros e cocei os olhos. – A gente precisa mesmo ir?

-Se você não quer ir, não precisa. – Naree sorriu fraco. E eu a agradeci, sorrindo de volta. – Mas vocês vão.

-Por quê? – Lil perguntou, indignada.

-Por que sim, a Sophia tem motivos pra não ir, vocês vão me fazer companhia. – Naree apontou para ela, e Izzie gargalhou enquanto se maquiava em frente ao espelho.

-E a Kelsey? – Lil perguntou, procurando alguma roupa dentro da mala, sem vontade alguma.

-Tá com cólica. – Franziu o cenho.

-Depois eu vou lá então. – Me levantei da cama indo em direção ao banheiro.

POV. Izzie

Depois de algum tempo, Naree, eu e Lil saímos do quarto, deixando Sophia sozinha (Lil, Izzie). Descemos e encontramos os meninos. Saímos do hotel e entramos na van, indo direto para o local da entrevista. Pelo que pudemos perceber, era uma entrevista de rádio, e o local estava cheio de meninas (e meninos) gritando feito loucos. Saímos da van e os meninos pararam para dar atenção a algumas fãs.

-IZZIE! – Uma menina morena, quase esmagada à grade, me chamou com a mão. Fui até ela e ela me deu um abraço. – Tira uma foto comigo?

-Claro. – Respondi, sorridente, e me mexi para ficar ao lado dela. Ela tirou a foto e sorriu para mim.

-Chama a Lil. – E apontou para ela. Charlie me olhou na mesma hora e eu a chamei com a mão. – Tira uma foto comigo? – A menina perguntou enquanto ela se aproximava. Charlie sorriu e abraçou a menina, tirando a foto logo em seguida. Max se aproximou de mim e tocou minha cintura.

-Estamos entrando, vamos? – Sussurrou perto de meu ouvido devido ao enorme barulho exercido pelos gritos. Isso não deu muito certo, por que só fez com que os gritos se fortalecessem. Demos um ultimo abraço na menina e Jay logo se aproximou, puxando Charlie pela mão. Entramos na rádio e após alguns minutos a entrevista começou. Os meninos foram muito engraçados, gentis e tranqüilos. Tudo estava bem até o único assunto que eu torcia desesperadamente para não tocassem foi trazido à questão:

-Vamos falar de relacionamentos. – O entrevistador sorriu e eu e Charlie nos entreolhamos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Capitulo 32

 POV. Charlie
 
Entramos no taxi, dei o endereço e logo o taxista começou a dirigir. Eu estava morrendo de sono, e acabei me encostando na porta do carro, me acomodando para dormir.
 
-Tá com sono? – Jay me perguntou e eu ri pelo nariz.
 
-Não, eu to treinando para quando eu morrer. – Sorri levemente com os olhos ainda fechados e pude ouvir sua risada e logo após seus braços me envolvendo. –O que você tá fazendo? – Abri meus olhos assustada e ele revirou os dele.
 
-Relaxa. – Me encostou em seu peitoral. - Ou você prefere dormir na porta mesmo? – Revirei meus olhos e me aconcheguei em seus braços, deixando o cansaço me vencer. Ou eu estava muito grogue por causa do sono ou Jay realmente falou:
 
-Bons sonhos, amor. – Minhas pálpebras pesaram e eu adormeci.

Acordei com Jay passando o dedo por meu rosto. Meus olhos se abriram lentamente, me acostumando com a pouca luz que ali havia.
 
-Eu já paguei o taxi, seria bom se você acordasse. – Ele riu levemente e eu me levantei piscando rapidamente. Sorri para ele e sai pelo outro lado do taxi. Jay saiu e o carro arrancou, nos deixando em frente ao hotel. Minhas pernas estavam bambas, eu estava com muito sono. Podia dormir de pé. Jay começou a andar, mas eu não consegui segui-lo. Ele se virou para mim e riu, se aproximando. Jay passou meu braço por seu pescoço levantou minhas pernas, eu não me contive e ri.
 
-Obrigada, humilde cavalheiro. – Zoei dele e ele começou a andar. Jay me olhou confuso, mas sorrindo.
 
-Isso é o sono ou você tomou alguma coisa sem eu perceber? – Ele riu e eu lhe dei um leve tapa em seu peitoral. Jay andou mais um pouco e me colocou no chão.
 
-Aaah, já acabou? – Falei com uma voz manhosa, logo formando um bico em meus lábios. Eu estava começando a desconfiar que tinha alguma coisa na minha bebida.
 
-Chegamos, moça. – Apontou com a cabeça para a porta atrás de mim, que eu reconheci como sendo a do meu quarto. Eu sorri tímida e ele coçou a nuca. – Então...
 
-Eu... – Comecei e ele me olhou. – Eu me diverti hoje. Gostei de você ter ido comigo.
 
-Você pode repetir isso? – Apontou o indicador para mim e eu franzi o cenho. – Você sendo legal comigo, eu preciso gravar isso. – Ele colocou a mão no bolso, como se procurasse alguma coisa, provavelmente o celular. Eu gargalhei alto e ele soltou um riso fraco, sorrindo. Jay olhou para mim e aproximou sua mão de meu rosto, tocando meu pescoço e acariciando levemente minha bochecha com o polegar. Segurei em seu pulso e afastei sua mão levemente.
 
-Jay... – Ele levou a outra mão ao meu rosto. Seus olhos azuis encontraram os meus. Tão lindos, tão serenos, tão... Apaixonados? Ok, ignore essa ultima parte, eu estou com sono, estou vendo coisas. Jay aproximou seu rosto do meu, ficando a alguns milímetros de mim. Eu sentia sua respiração pesada sobre meu rosto, suas mãos desceram até a minha cintura, envolvendo-a carinhosamente. Cedendo aos meus instintos, puxei sua nuca até mim, selando nossos lábios. Jay pediu passagem para sua língua e eu cedi, deixando-o aprofundar o beijo. Me agarrei em seus cachos, puxando-os levemente, fazendo Jay soltar alguns gemidos de dor. Minha mão descia seu braço, arranhando a região quando algo (ou alguém) nos separa brutalmente.
 
-Desculpem gente, continuem... Ai. – Izzie passou por nós, ofegante. – Sophia! – Entrou no quarto correndo. Olhei para Jay e como se lesse meus pensamentos, acenou com a cabeça.
 
-Vai lá. – Me aproximei dele e lhe dei um selinho antes de entrar correndo no quarto. Sinceramente... Por que eu fiz isso?
 
-O que houve? – Me aproximei de Izzie que tentava se aproximar de Sophia.
 
-ELE É UM IDIOTA, MEU DEUS. – Sophia se levantou da cama, secando as lágrimas. – EU VOU MATAR ELE.
 
-Nathan? – Sussurrei para Izzie e ela balançou a cabeça. Abri minha boca para falar, mas né, falando no diabo.
 
-Sophia? Precisamos conversar. – Nathan apareceu atrás de mim, com Jay atrás dele.
-Eu tentei. – Uniu os ombros. Sophia e Nathan se encaravam, e eu juro que morri de medo daquele olhar dela.
 
-PRECISAMOS CONVERSAR? PRECISAMOS CONVERSAR. – Falou e sorriu, sínica. – QUEM PRECISA CONVERSAR É A SUA CABEÇA E ESSE ABAJUR. – Sophia pegou o abajur da mesa e eu 
e Izzie corremos até ela.
 
-Sophia! Larga isso! – Izzie a segurou e eu arranquei o abajur de suas mãos. – Nathan, eu acho – Sophia me puxou pelo braço, tentando ir em direção ao Nathan. Eu e Izzie a segurávamos. Eu realmente não queria pensar o que Sophia faria com ele se a soltássemos. – Nathan, só vai embora!
 
-Não! Eu preciso conversar com ela. – Ele deu um passo em nossa direção.
 
-Jay! – Gritei e ele entendendo o recado arrastou Nathan para fora do quarto. Quando a porta se fechou Sophia se acalmou... Ou quase, pois caiu no chão, chorando em prantos. Olhei para Izzie e levei as mãos aos cabelos. Meu Deus... Era só eu sair por algumas horas e o mundo desabava.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Capitulo 31

POV. Narradora
(Musica aqui, dê play quando pedir)

Sophia, Nathan, Max, Izzie, Tom, Kelsey, Siva e Nareesha chegaram a boate em poucos minutos. A musica alta era escutada de fora e a fila dobrava o quarteirão. Nathan foi até o segurança e deu os nomes. O armário a sua frente concordou com a cabeça e deu passagem para todos, recebendo vários xingamentos das pessoas na fila. Nathan puxou Sophia pela mão até entrarem na boate. Pessoas dançando, pessoas bebendo, pessoas se comendo. A boate estava lotada. Direcionaram-se até o bar onde se sentaram e começaram a beber.

-Vamos fazer mais uma competição? – Izzie sugeriu, animada.

-Agora. – Tom se ajeitou na cadeira e pediu 8 copos de vodka. O garçom os trouxe e Tom deu quatro a Izzie.

-No três. – Siva disse. – Um, dois... – Olhou para os dois, que estavam com as mãos próximas aos copos. – Três! –Gritou e os dois começaram a tomar o mais rápido que podiam, Izzie estava no final do segundo, mas acabou engasgando e Tom venceu.

-Ganhei da brasileira, ganhei da brasileira! – Tom comemorava e todos riam dele, até Izzie, que tossia sem parar.

-Isso não é justo. – Tossiu. – Eu – Tossiu. – Engasguei. – Tossiu mais um pouco.

-Ah, você jura? – Naree debochou e Izzie lhe mostrou a língua.

-Vamos dançar! – Sophia se levantou e puxou Nathan junto com ela. Izzie fez o mesmo com o Max enquanto os outros dois casais permaneceram sentados. Sophia e Izzie foram para o centro da pista e começaram a dançar, atraindo os olhares masculinos em volta. Nathan puxou Sophia para si e começou a dançar colado à ela, como se dissesse “ela é minha”. Sophia riu do ato e logo puxou o pescoço do moreno, selando seus lábios. Dançaram mais um pouco até que Izzie puxou Sophia e começou a dançar com a amiga. Elas rebolavam, riam, se divertiam. Nathan e Max sorriam e já ignoravam os olhares dos homens em volta para elas.

-Amor. – Chamou Sophia, que parou de dançar e o olhou. – Eu vou ali no bar buscar uma bebida e já volto. – Sophia acenou com a cabeça e voltou a dançar e logo Nathan sumiu em meio à multidão. Max abraçou Izzie pela cintura e beijou seu pescoço.

-Eu vou descansar um pouco, continue aqui se divertindo. – Ela acenou com a cabeça e se virou, dando-lhe um selinho. Max sorriu e logo desapareceu em meio à multidão também.

(Dê play na musica)

-IZZIEEE! – Sophia arregalou os olhos e sorriu para a amiga, que estava no mesmo estado.

-NOSSA MÚSICA SOPHIA! – Gargalhou alto e começaram a cantar as poucas partes da música.

Press play, fast forward

Non-stop we have a beaten path before us

It was all there, in plain sight

Come on people, we have all seen the sunshine

We will never get back to

To the old school

To the old rounds, it's all about the new found

We are the newborn, the world will warn about us


As duas praticamente berravam e dançavam. Sorriam uma para outra cada vez que a música atingia a parte eletrônica. Sophia dançou mais um pouco antes de sentir a falta de Nathan.

-Izzie, eu vou procurar o Nath. – Segurou o braço da amiga.

-Eu vou com você. – As duas saíram em direção ao bar, mas não o encontraram. – Soph, eu preciso ir no banheiro. Depois agente procura. – Puxou a amiga até o corredor dos banheiros. Izzie correu até o banheiro, mas parou ao ver que Sophia estava estática no inicio do corredor. – O que foi? – Sophia não se moveu. Izzie virou a cabeça e não podia acreditar no que estava vendo.

Nathan arrumava a camisa ao lado de uma garota morena, que arrumava o cabelo. Ela sorriu antes de lhe dar um selinho e ir embora.

-Nathan? – Sophia perguntou com a voz já embargada.

-É como me chamam. – Nathan se virou sorrindo. Seu lábio estava vermelho e seu cabelo bagunçado. Ele congelou ao ver quem o chamara. – Sophia?

-Por favor, me diz que isso é a bebida. – Olhou para Izzie, com os olhos cheios de lágrimas. – Me diz que eu to alucinando. Por favor. – Começou a chorar, se apoiando no braço de Izzie.

-Sophia, deixa eu te explicar... – Se aproximou da menina e tocou seu braço. Sophia se afastou rapidamente e o olhou incrédula.

-Seu idiota. – Sua visão estava embaçada por causa das lágrimas, Nathan estava com os olhos mareados. – Não se aproxime de mim. – Sophia rosnou. – Eu não quero ouvir suas desculpas.

-Mas eu...

-MAS VOCÊ NADA, NATHAN! – Gritou, chamando a atenção de todos no corredor. – Iz me tira daqui. – Sussurrou para a amiga. – Só me tira daqui. – Izzie abraçou a amiga e a levou até o começo do corredor, Nathan as seguiu, mas Izzie o parou.

-Não Nathan. – Colocou a mão em seu ombro. – Não vem atrás. – Se virou e levou Sophia até a porta da boate. Nathan levou as mãos aos cabelos e se sentou no chão, com a cabeça entre os joelhos. O que havia feito? Agora Sophia não falaria mais com ele, ele havia perdido a única coisa com que se importava realmente.

Capitulo 30

POV. Jay
 
Estávamos todos sentados à mesa. O jantar estava ótimo, Helena sabia que eu era vegetariano então fez um macarrão e uma salada maravilhosos. Eu estava começando a gostar mesmo da companhia daqueles dois, eles eram engraçados, amorosos... Lil estava feliz, podia vê em seu rosto sua felicidade de estar ali, com aqueles dois.
 
-Então, Adam, como vai a natação? – Charlie entrelaçou as mãos e apoiou seu cotovelo na mesa.
 
-Vai bem. Eu to me dando bem, acho que vou para as olimpíadas em 2014. – Sorriu empolgada. Aparentemente Charlie era de uma família de esportistas.
 
-Que orgulho meu Deus! – Helena apertou as bochechas do filho, que revirou os olhos. Eu ri junto com Charlie. – Alguém quer sorvete? – Ela se levantou da mesa e Charlie e Adam balançaram a cabeça ao mesmo tempo, animados. Conseguia ver a semelhança.
 
-Eu te ajudo. – Levantei e olhei para Lil, que sorria. Acho que nunca tivemos uma paz dessas... Desde o banheiro, se bem que né.
 
-Obrigada, Jay. – Helena sorriu e me levou até a cozinha. Abriu a geladeira e de lá retirou dois potes de sorvete. – Então, desde quando você gosta da minha sobrinha? – Olhou em meus olhos e eu engoli seco.
 
-C-como a-assim? – Gaguejei. Ela me pegou de surpresa, eu não gostava de Charlie. Éramos... ‘Amigos’.
 
-Ah, Jay. Você não me engana. – Se virou e abriu um dos armários, tirando de lá quatro potes de vidro. – Eu vi o jeito como vocês se olham.
 
-Somos só amigos. – Sorri nervoso e ela riu.
 
-Pode falar, eu conheço a Charlie. – Ela começou a tirar o sorvete e colocá-lo nos potinhos. Eu franzi o cenho. – Eu sei que você escuta dela mais “eu te odeio” do que “oi”. – Ela olhou para mim e eu suspirei. Helena sorriu. – Esse é o jeito dela. – Pegou uma colher de sorvete. – E você gosta desse jeito, seus olhos te entregam. – Colocou o sorvete na boca e sorriu sem mostrar os dentes.
 
-E-eu...
 
-Não precisa falar nada. – Se aproximou de mim e bagunçou meus cachos. – Eu sempre quis fazer isso. – Ela gargalhou, assim como eu. – O tempo resolve. – Piscou para mim e pegou dois dos potes de vidro. – Pegue estes dois para mim, está bem? – Se desviou de mim e foi para a mesa da sala. Colocando-os na frente de Charlie e Adam. Charlie comeu uma colherada de sorvete e sorriu, fechando os olhos.
 
-Isso é uma delicia tia! – Sorriu e comeu mais uma colherada.
 
-Eu sei, eu que fiz. – Encolheu os ombros sorrindo.
 
-Fez nada, comprou no supermercado que eu vi. – Adam apontou a colher para ela e ela o deu um tapa no ombro.
 
-Fica quieto que você ama o meu sorvete. – Sorriu para ele e depois olhou para mim. – Você não vem Jay? – Me chamou com a mão e eu pisquei várias vezes, despertando do transe. Peguei as duas taças que restavam e me dirigi à sala. Entreguei uma delas para Helena e depois me sentei ao lado de Charlie.
 
-Tava pensando no que? –Lil apoiou a cabeça na mão e me olhou.
 
-Ah... Muitas coisas. – Sorri olhando em seus olhos. Seus olhos castanhos tão lindos e brilhantes, sua pele tão apaixonante e seus lábios tão convidativos. Ela era linda. Linda não, maravilhosa.
 
-Tipo o que? – Sorriu mostrando os dentes. Como eu amava aquele sorriso. Eu sei o que vocês devem estar pensando, mas eu nunca a odiei. Não cheguei nem perto. Ela que começou com toda essa brincadeira de “eu odeio você”. Eu sempre quis ser amigo dela. Amigo?
 
-Ah... É... – Olhei o sorvete e sorri. – Em como esses dois são loucos. – Ri e olhei para Adam e Helena, que estavam, mais uma vez, distribuindo patadas grátis, mas rindo a cada uma delas. Charlie riu pelo nariz e me olhou.
 
-Eu... – Respirou fundo. – Eu estou feliz que você tenha vindo.
 
-Jura? – Arregalei os olhos sorrindo e ela soltou uma risada leve me dando um tapa no ombro. 

– Que foi? Não falei nada. – Comi um pouco do sorvete. – Nossa, que delicia! – Comi mais um pouco e Charlie riu, voltando a conversar com os dois. Eu estava feliz de estar ali também. Papo vai, papo vem e já eram quase duas da manhã quando Charlie se deu conta da hora.
 
-Meu Deus, são duas horas já! – Olhou para o relógio.
 
-Nós temos que ir. – Olhei para ela e ela fez um bico.
 
-Por que? – Fez uma voz manhosa e eu bati em seu bico, sorrindo.
 
-Temos aquela entrevista de manhã, lembra? – Sorri mais uma vez e ela bufou.
 
-Vocês e seus compromissos. – Olhou para Adam e Helena que nos olhavam sorrindo. – Os meninos tem uma entrevista amanha e nós temos que acompanhá-los.
 
-Nós? – Adam franziu o cenho.
 
-Sophia e Izzie estão aqui também. – Charlie olhou para Helena.
 
-E por que não as trouxe? – Helena empurrou levemente Charlie, que riu.
 
-Eu gostei da companhia do Jay. – Adam encolheu os ombros e eu ri de seu comentário.
 
-Não distorce o que eu falo, garoto. – Helena o empurrou. – Da próxima vez tragam elas.
 
-Ok, nós iremos. – Charlie sorriu e eu só consegui pensar no “nós”. Meu Deus Jay, que coisa gay. – Vamos indo, Jay? – Charlie se levantou e me puxou pela mão até a porta de saída. Helena abraçou Lil, e logo após Adam fez o mesmo. Me despedi de Adam e abracei Helena.
 
-Cuide da minha pequena. – Helena sussurrou em meu ouvido.
 
-Pode deixar. – Sussurrei de volta.

Capitulo 29

POV. Izzie

Eram quase 7:30 e todos continuávamos na piscina. Estava nas costas de Max enquanto conversávamos.

-Alguém sabe do Jay e da Lil? – Kelsey olhou por cima do ombro, procurando-os.

-Nossa, você só foi notar agora? – Sophia arregalou os olhos e eu ri. Kelsey desligada...

-De qualquer jeito onde eles estão? – Max virou a cabeça para mim.

-Não pergunta pra mim, eu não sei. – Encolhi os ombros.

-A Lil foi visitar a tia e o Jay foi junto. – Sophia se pronunciou e todos a olharam.

-Por que o Jay foi junto? – Franzi o cenho.

-Por que o Adam falou coisa que não devia. – Sophia riu.

-Pra variar. – Ri junto com Sophia.

-Adam? – Tom olhou para mim.

-Primo da Lil. – Sorri.

-O primo da Lil é o Adam Smith? O nadador? – Naree perguntou, surpresa. Arregalei os olhos, como ela sabia?

-Você conhece ele? – Siva a olhou.

-Aham, ele é famoso por ser um ga... – Olhou Siva, que levantou uma sobrancelha, e sorriu. – Um ótimo nadador.

-Aham, sei.

-Ele não é um óoootimo nadador? – Sophia sorriu maliciosamente para Naree, esperando que ela entendesse, e ela entendeu, por que soltou uma risada alta.

-Ô se é. – Naree se abanou e Siva fechou a cara. Eu e Sophia nos entreolhamos e começamos a gargalhar, assim como Naree.

-Enfim... – Nathan olhou para Sophia de canto de olho. – Vamos sair hoje a noite? Balada ou sei lá.

-Eu topo! – Kelsey levantou a mão, fazendo com que água voasse no rosto de Tom. Todos rimos dele.

-Vamos sim! – Sorri. Ficamos mais um pouco na piscina e depois saímos para nos arrumar. Subi para meu quarto junto de Sophia, já que ela queria se arrumar comigo. Tomei um banho rápido e sai para me arrumar, Sophia entrou no banheiro logo após de mim. Coloquei minha lingerie e comecei a me maquiar, mas alguém bateu na porta, me interrompendo.

-Quem é? – Parei em frente à porta.

-Naree e Kelsey, podemos nos arrumar com vocês? – Kelsey falou. Sorri e abri a porta.

-Claro, entrem. – Dei espaço para elas entrarem. Naree me olhou de cima a baixo enquanto eu fechava a porta. – Que foi?

-Como alguém que come o que você come. – Ela apontou para mim e eu sorri. – Tem um corpo desses? –Gargalhei alto.

-Bruxaria. – Sophia saiu do banheiro com o cabelo enrolado em uma toalha. Todas rimos e então começamos a nos arrumar. Um dos celulares que estava jogado sobre a cama começou a apitar e eu fui ver de quem era.

-Naree! – A chamei e ela se virou para mim. – Celular. – Joguei o aparelho para ela e ela se desesperou,me fuzilando com os olhos.

-Sua louca. – Olhou o celular e sorriu. – O Siva tá avisando que eles já tão lá em baixo.

-Eu já to pronta. – Kelsey deu uma ultima olhada no espelho.

-Eu também. – Naree me olhou e eu acenei com a cabeça.

-SOPHIA! – Falamos as três juntas e ela saiu do banheiro correndo.

-Sapato, sapato. – Sentou-se na cama e colocou seu scarpin (Lil, Soph). Saímos do quarto, eu o tranquei e descemos para encontrar os meninos.



[Esse capitulo foi meio curto e 'normal' por que é meio que um capitulo de transição. Eu já vou escrever mais dois, pra não deixar vocês na mão (;]

Capitulo 28

POV. Charlie

Subi para meu quarto e tomei um banho rápido, já que eu não precisava lavar o cabelo. Sai do banho enrolada em uma toalha e comecei a me arrumar. Coloquei a roupa intima e comecei a arrumar o cabelo e a maquiagem. Alguém bateu na porta e eu deixei meu lápis de olho em cima da escrivaninha. Coloquei meu casaco branco para cobrir meu corpo e fui até a porta.

-Izzie? – Já ia abrindo a porta, mas a voz grossa me fez parar.

-Não, é o Jay. – Franzi o cenho. Que que ele tava fazendo ali aquela hora, ainda faltava o que, meia hora? – Já são 19:20, você já tá pronta? – O que? Já eram 19:20? Meu Deus.

-19:20? – Gritei e abri a porta para ele, correndo para a frente do espelho para terminar a maquiagem, me esquecendo completamente do meu estado. – Entra e senta, que eu já to acabando.

-Vamos logo por... – Sua voz falhou e eu olhei para ele pelo espelho, seus olhos subiam e desciam por meu corpo e eu logo me lembrei que estava de lingerie. Ri pelo nariz e voltei a me maquiar.

-Tá olhando o que? – Me virei para ele e coloquei minha camiseta, que estava em cima da cama.

-E-eu n-não t-to olhando. – Gaguejou e eu sorri. Eu até gostava de causar esse tipo de reação no Jay, era engraçado.

-Certo. – Coloquei minha calça e me sentei na cama para vestir meu sneaker. – Você está me comendo com os olhos. – Olhei para ele pelo espelho e ri de sua expressão. Seu olhar se encontrou com o meu e ele mordeu o lábio inferior.

-Você é esperta demais sabia? – Ele falou, sentado na cama. Me virei para ele e pude ver sua roupa. Meu Deus, ele estava lindo. Usava uma camiseta preta de gola V e uma calça jeans. Mordi meu lábio inferior e terminei de me arrumar (Lil). Jay se levantou da cama e caminhou até mim.

-Jay, o que você tá fazendo? – Me prensou na parede e acariciou meu rosto. Por um momento me esqueci completamente da raiva que estava sentindo por ele ir comigo ao MEU encontro de família. Jay se aproximou de meu ouvido e deu um beijo em meu pescoço.

-Você está linda. – Sussurrou e me arrepiei por completa. Ele se afastou e sorriu, juntando nossos lábios em um selinho rápido. Olhei para ele entediada, mas minha vontade era de sorrir até não poder mais. – Vamos, por que se não vamos nos atrasar. – Puxou minha mão e me levou até fora do quarto. Fechei a porta e descemos até o lobby, para pegar um taxi. Entramos no carro e eu dei o endereço ao motorista.

Eu sentia falta daquela cidade, afinal passei 2 anos de minha vida com a minha tia, tinha me esquecido como era morar em LA, sair todas as manhãs com o Adam para ir no Starbucks, ou então ir na praia, correr.

-Lil? – Jay me chamou e eu olhei para ele. – O que eu preciso saber da sua tia e do seu primo? – Eu ri e me ajeitei no banco para olhá-lo.

-Bom, minha tia é um amor de pessoa... Quando ela quer. O Adam é muito parecido comigo em termos de jeito e modo de falar. Passamos muito tempo juntos então agente acabou pegando mania um do outro. Os dois são simpáticos e minha tia gosta de vocês, ou seja ela vai te perguntar um monte de coisas sobre a vida, e a banda. – Fui falando e ele olhava a rua a frente. – Eles gostam de se dar patadas então, é normal eles serem grossos um com o outro. – Jay me olhou e eu sorri. – Tirando isso não há nada de diferente, seja você que vai ser legal. – Sorriu para mim.

-E o nome da sua tia é...

-Helena.

-Helena, ok. – Sorriu nervoso, eu ri dele. Não sei por que ele estava assim, nem sei por que eu estava assim. Eu só iria apresentar meu amigo à eles, nada demais.

-Chegamos. – O motorista me tirou do meu transe. Ele parou o carro e eu o paguei. Quando sai do carro ouvi a voz que tanto sentia falta.

-PEQUENAAA! – Adam veio correndo até mim e me abraçou, me levantando do chão. Gargalhei alto e ele me colocou no chão, dando um beijo em minha bochecha. – Meu Deus, que saudade. Você encolheu? – Bateu a mão em minha cabeça e eu o empurrei.

-Você que cresceu. – Balancei negativamente. Adam olhou para Jay e me olhou maliciosamente

-Então você é o ninguém? – Estendeu a mão para ele e Jay o cumprimentou.

Sou eu. – Sorriu. – Jay.

-Adam.

-CHALIEEEEEEEEEEEEEEEEEE! – Minha tia gritou da porta, corri até ela e a abracei. – Oh, que saudades. – Me deu um beijo na bochecha e me olhou nos olhos. – Você está linda. – Olhou para Jay, que conversava com Adam. – E o seu acompanhante também. – Revirei os olhos e ela riu.

-Jay! – O chamei e ele e Adam se aproximaram. – Essa é a minha tia, Helena. – Jay estendeu a mão, mas ela apenas a ignorou e o puxou para um abraço.

-É um prazer. – Sua voz saiu dificilmente, já que minha tia o apertava. Adam me olhou e eu ri.

-Vamos, a comida está pronta. – Puxou Jay pelo pulso e entrou na casa, eu gargalhei da cena. Minha tia realmente não mudou nada.

-Se deu bem ein, pequena. – Adam piscou para mim e eu dei um tapa em seu braço.

-Cala a boca. – Ri e o empurrei. Ele me abraçou pelo pescoço e entrou na casa, fechando a porta.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Capitulo 27

POV. Charlie
 
Depois que eu tirei o tarado de lá, fui para o meu quarto me trocar para descer para a piscina. Nem me incomodei de colocar uma saída, já que eu iria pular direto na piscina e depois era só voltar pro quarto de toalha. Cheguei na piscina e eu era pelo visto a primeira. Coloquei meu chinelo, meus óculos e meu celular em uma espreguiçadeira ali perto e soltei meu cabelo, me alongando (Lil).
 
-Wow. – Me virei de costas para piscina e vi Jay, que retirou os óculos escuros e mordeu o lábio inferior. Ok, aquilo me deu um pouco de calor.
 
-Perdeu a voz? – Ri de sua face, sua boca formava um “O” perfeito e ele praticamente me comia com os olhos. É bom receber essa atenção.
 
-Não, e-eu... – Ele ia falar quando meu celular começou a tocar ao som de “I Found You”. O que foi? Não sou fã deles, mas gosto dessa musica. Corri até a mesa e olhei o visor. – Por que seu toque é “I Found You”? – Ele se aproximou de mim.
 
~Começo da ligação~
 
-Alô? – Ninguém respondeu. – Al...
 
-FAAAALA BISCATE. – A pessoa gritou e eu afastei o celular do ouvido.
 
-Adam? – Franzi o cenho, Jay me olhava.
 
-É como costumam me chamar. – Ele riu. Meu Deus, como eu estava com saudades daquele imbecil.
 
-Como conseguiu meu número? – Sorri boba. – Por que tá me ligando?
 
-Sua mãe me passou e sua mãe me falou. – Revirei meus olhos. Minha mãe e sua boca grande. – Na verdade ela não me contou, ela contou pra minha mãe. Ah e ela também contou como você tá aqui em LA.
 
-S-sua mãe sabe? – Gaguejei. Pelo que eu conheço da minha tia ela não vai ficar muito feliz em descobrir da minha mãe sobre isso.
 
-É EU SEI, BISCATE. QUANDO VOCÊ PRETENDIA ME CONTAR? – Ela gritou.
 
-É... Você não mudou nada, tia. – Cocei minha cabeça e ela riu.
 
-Faz o favor de não falar em português? Eu não entendo vocês. – Adam se pronunciou e eu ri dele.
 
-Ignorante. – Balancei a cabeça negativamente. Jay me olhava confuso, estendi a mão para ele como sinal para ele esperar.
 
-Quando você vai visitar a gente? – Sua voz estava mais perto do telefone.
 
-Tava pensando em ir hoje de noite. – Me sentei na cadeira. Jay revirou os olhos e foi para a borda da piscina. Ele retirou a camisa e começou a se alongar. Perdi a voz na hora e meu olhar se concentrou nele. Meu Deus, mas que perfeição era aquela? Deveria ser proibido por lei um homem ser assim.
 
-LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIL. – Adam gritou no telefone e eu me assustei.
 
-Que? Que foi? – Perguntei, desnorteada. Jay nadou um pouco e logo depois saiu da piscina. Ah, fala sério.
 
-Por quem você tá babando, Charlie? – Minha tia falou um pouco alto demais, por que Jay, 
que se secava ao meu lado, soltou uma risada leve. – OH MEU DEUS, TEM ALGUÉM AI.
 
-Não, não tem ninguém aqui. Larga de ser escandalosa tia.
 
-Valeu pela consideração. – Jay sorriu e eu estapeei seu braço.
 
-Traz ele também. – Adam falou, como se não tivesse importância.
 
-Isso! Meu Deus, Adam, você pensa! – Minha tia falou. – Que orgulho. – Amor de mãe e filho, que lindo não é?
 
-Eu adoraria ir. – Jay sorriu e olhou para mim.
 
-Eu vou matar você. – Tapei o celular e rosnei para ele, que riu balançando a cabeça.
 
-Qual o nome do cavalheiro? – Adam zoou e eu revirei os olhos. As vezes eu tinha vontade de arrancar a cabeça do imbecil do meu primo.
 
-Jay. – E em resposta recebi silencio. Bufei. – James... James McGuiness.
 
-Como no cantor? – Minha tia perguntou surpresa.
 
-Como em eu sendo o cantor. – Jay se pronunciou. Ok, eu estava começando a ficar um pouco muito irritada com a interação do Jay com eles. Fuzilei ele com o olhar e Jay simplesmente deu de ombros. Provavelmente dois seriam decapitados hoje.
 
-MEU DEUS LIL TRAZ ELE SIM. – Errei a conta. Três. Três seriam decapitados.
 
-Ok, tia. Eu trago. – Levei a mão à testa e suspirei. – Eu preciso ir. Amo vocês.
 
-Também te amamos. – Os dois falaram juntos.
 
~Final da ligação~
 
-Eu odeio você garoto. – Me virei para ele e ele sorriu.

-Sua familia te chama de biscate? - Franziu o cenho.

-Piada interna. - Dei de ombros. Jay encolheu os ombros e se desviou de mim e me dando um tapa na bunda. – Hei! – Ele me olhou. – Quem te deu o direito? Ela é de minha propriedade. – Ele riu e se virou, jogando a toalha nos ombros. Por que tão lindo, senhor?
 
-Te vejo a noite.
 
-SETE HORAS. – Gritei e ele levantou o dedão para mim, ainda caminhando. Uma noite com o James, ninguém merece.
 
-Sete horas o que? – Sophia apareceu atrás de mim.
 
-Eu vou ver minha tia hoje. – Falei animada. E Sophia me olhou como se dissesse “E...”- E o Jay vai junto. 

-Por quê? – Ela sorriu, e eu dei um tapa em seu braço.
 
-Por que o Adam é um imbecil.
 
-Ai o Adam... – Sophia suspirou e eu revirei os olhos. – Sou apaixonada pelo seu primo gostoso americano.
 
-Entra na fila querida. – Peguei minhas coisas e coloquei meu chinelo. Nem na piscina consegui entrar, olha que maravilha.
 
-Onde você vai? – Sophia perguntou enquanto eu me afastava.
 
-São 17:30. Vou me arrumar pra melhor-pior noite da viagem. – Sorri e me virei de costas para ela.
 
-Boa sorte. – Sophia gritou.
 
-É... Disso eu vou precisar. – Subi até meu quarto.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Capitulo 26

POV. Max
 
Desci até a recepção e esperei a Izzie. Eu queria saber o porquê dela ter sido tão grossa comigo. Eu não fiz nada pra ela, e realmente não queria uma relação Jay-Charlie com ela.
 
-Espero que valha a pena. – Ela apareceu atrás de mim. Seu cabelo estava preso em um coque e ela estava com a mesma roupa, mas sem o casaco e eu pude ver que sua blusa era do AC/DC. Ela gosta do AC/DC? Gosto estranho pra uma menina... – Perdeu a voz, Max? – Cruzou os braços. Chacoalhei a cabeça e abri a boca para falar quando vi um homem tirando fotos nossas.
 
-Vem comigo. – Puxei seu braço até o corredor de quartos do primeiro andar. Olhei para trás pra ver se ninguém nos seguia e parei. Ela puxou seu braço violentamente e eu suspirei. – Por que você tá assim?
 
-Assim como? – Fez um bico. Ela fica linda com biquinho. Na verdade ela fica linda de qualquer jeito. – MAX! Você vai falar comigo ou vai ficar pensando?
 
-Desculpa. – Chacoalhei a cabeça mais uma vez e ela bufou. – Assim grossa, brava, irritada...
 
-Eu não to nada disso. – Me olhou surpresa e eu levantei as sobrancelhas, ela bufou. – Não é da sua conta.
 
-Obvio que é! Se você quer me dar patada de graça é da minha conta sim. – Encolhi os ombros. – Eu não fiz nada pra você!
 
-Você beijou aquela menina... – Ela falou isso mesmo? Ou eu to ficando louco e to ouvindo coisas?
 
-Como é que é?
 
-Nada.
 
-Aquilo tudo era ciúmes? – Ela desviou o olhar de meus olhos para o chão e eu joguei a cabeça para o lado. – É faz sentido. – Sorri.
 
-Tá feliz? Posso ir? – Voltou a olhar para mim. – Para de sorrir seu babaca. Isso não é engraçado. – Me empurrou e eu ri fraco.
 
-To feliz sim. Mas não, você não pode ir. – Cocei a cabeça e ela me olhou, entendida.
 
-Max, se você vai ficar tirando sarro de mim, você pode ir direto pra puta que par... – Não a deixei terminar e selei nossos lábios. Ela ficou surpresa, mas logo cedeu dando abertura para minha língua.
 
-O que você tava falando mesmo? – Me afastei dela e ela ainda estava com os olhos fechados. Ri e ela abriu os olhos, me fuzilando.
 
-Cala a boca Max. – Fez bico e tentou se soltar de mim.
 
-Ow, ow, onde você vai? – A prensei na parede.
 
-Você estragou o momento. – Deu de ombros e tentou se afastar novamente.
 
-Ah, Izzie fica quieta. – A puxei pela cintura e a prensei na parede novamente. Ela riu e eu selei nossos lábios novamente.
 
POV. Sophia
 
Achei meio estranho ficar no mesmo quarto do Nathan, não que eu esteja reclamando nem nada, mas sei lá, agente mal tá junto. Coloquei minha mala em cima da cama e comecei a desarrumar minhas coisas quando sinto mãos em minha cintura.
 
-O que você quer, Nathan? – Falei sorrindo e ele me deu um beijo no pescoço.
 
-Você. – Me virou de frente para ele e selou nossos lábios, me jogou na cama e se deitou em cima de mim. Eu levei minhas mãos até a barra de sua camisa e ele, entendendo o recado, retirou-a jogando em qualquer canto do quarto. Eu retirei minha blusa e ele meu shorts. Sua mão foi ao fecho de meu sutiã quando alguém nos interrompeu.
 
-MEU DEUS. – Nathan e eu olhamos para a porta onde Lil estava, tapando os olhos. – Foi mal, foi mal. – Nathan bufou e enterrou seu rosto no travesseiro ao lado do meu pescoço.
 
-Eu vou matar essa garota, Sophia. – A voz de Nathan foi abafada pelo travesseiro e eu soltei um riso leve.
 
-O que você quer, Lil? – Segurei a risada.
 
-É seguro olhar? – Ela espiou pelos dedos e rapidamente tapou os olhos novamente. – É acho que não. – Se virou de costas para nós. – O povo mandou chamar vocês pra irmos para piscina.
 
-Tá agente já vai. – Nathan falou, tirando a cabeça do travesseiro. A cena estava meio tensa. Nathan deitado por cima de mim entre minhas pernas, os dois semi-nus e Charlie, ali, no quarto. Ela não se encaixava a cena e eu queria poder atirar fogo nela.
 
-É tipo, pra agora. – Lil falou rindo. Nathan bufou e se levantou, pegando sua sunga e indo para o banheiro. Me apoiei em meus cotovelos e Lil se virou para mim, sorrindo. – Sua vadia, você ia transar com ele de porta aberta? – Ela falou e meus olhos se arregalaram imediatamente. Puta que pariu a porta! Eu tinha esquecido de fechar.
 
-Ô Nathan, eu... – Jay ia entrando mas logo que me viu sua voz falhou.
 
-Jay? – Lil olhou para ele. – JAY, NÃO, NÃO. – Voou para cima dele, tapando seus olhos.
 
-JAY CARALHO, SAI DO MEU QUARTO E PARA DE OLHAR PRA SOPHIA! – Nathan gritou do banheiro e eu me joguei da cama, caindo de barriga no chão.
 
-Lil, me solta, você tá prendendo meu nariz. – Eu ouvi Jay falar.
 
-Agente vai deixar vocês. – Ouvi Lil e logo após a porta fechar. Eu comecei a gargalhar alto, ri tanto que cheguei a chorar. Aquela cena havia sido hilária.