POV. Sophia
Acordei com alguém batendo na porta. Abri os
olhos lentamente e tateei a cama procurando meu celular. 6hs da manhã. Quem
diabos estaria batendo na minha porta às 6hs da manha? Saco. Levantei da cama e
desci as escadas, tropicando no ultimo, e quase caindo.
-Espero que seja por um bom motivo! – Falei e
abri a porta. Mas lá não tinha ninguém. Ah mas eu vou...
-OIE. – Nathan gritou me assustando. Eu dei um
salto para trás.
-AAAAH NATHAN EU VOU TE MATAR. –Voei pra cima
dele, fechando a porta atrás de mim. Comecei a distribuir tapas em seus braços,
que protegiam sua cabeça. – Seu imbecil, você quase me matou! – Bati um pouco
mais, encostando ele na parede. Bufei irritada e ele tirou os braços da frente
do rosto. Ele ria descontroladamente. – Tá rindo do que idiota?
-É que... – Tentou pegar o fôlego. – Sua cara. –
Sem sucesso. – Sua cara foi hilária, Soph.
-Ai de você se eu não estivesse com sono. –
Fechei meus pulsos. – Aliás o que você tá fazendo aqui tão cedo?
-Ah, não consegui dormir. – Deu de ombros. – Te
acordei?
-Eu preciso mesmo responder isso? – Ele riu e
acenou com a cabeça. Ficamos em silencio por alguns minutos e eu me encostei na
parede ao seu lado. – Eu fico com medo de dormir... – Quebrei o silencio,
fazendo ele olhar para mim. – E acordar no meu quarto. Como se tudo isso fosse
só um sonho. – Suspirei.
-É bem real, eu posso te garantir isso. – Se referiu
aos tapas. Eu ri dele, e ele riu comigo.
-Muitas garotas matariam para estar no meu
lugar.
-Muitas garotas não estariam agindo assim. –
Nathan passou a mão no cabelo. Ele era muito mais bonito em pessoa.
-Assim como? – Olhei para ele.
-Normalmente. – Suspirou. – Você age como se eu
fosse um cara normal, um Zé ninguém, sabe... – Eu sorri. – Eu gosto disso. –
Ele me olhou. – Me faz sentir confortável.
-Eu não sei como eu to conseguindo fazer isso,
sabia? – Eu falei e ele riu. – Para, não é engraçado, é verdade. – Ele me olhou
rindo, e eu não consegui segurar, ri também. – Eu sou fã de vocês há muito
tempo, tenho até um FC pra vocês e tudo, isso é simplesmente... – Pisquei várias
vezes. – Irreal. – Nathan me olhou. – Eu fico imaginando como eu vou contar pra
minha mãe sobre tudo isso... – Eu ri.
-Por que sua mãe precisa saber? – Franziu o
cenho, e eu o encarei.
-Você tá falando sério? – Ele acenou com a
cabeça. – Eu não sei a super estrela aqui, mas eu ainda to acostumada a falar
dessas coisas com a minha mãe, tá. – Ele riu.
-Ela não iria acreditar. – Ele falou em meio a
um sorriso.
-Provavelmente não. – Rimos os dois. Após
alguns momentos no silencio, Nathan me olhou.
-Soph... – Ele quebrou o silencio.
-O que?
-Jura que não me bate? – Olhou em meus olhos.
-Por que eu te bateria meni... – Não consegui
terminar, pois Nathan me puxou pela nuca selando nossos lábios.
POV. Izzie
Acordei eram 9hs da manhã. Olhei para o lado e
vi Charlie, dormindo pesadamente, é claro. Me sentei na cama e procurei meu
celular, que estava tocando.
-Alô. – Falei, ainda com voz de sono.
-Izzie?
-Por que você tá me ligando Sophia? – Cocei a
cabeça.
-Eu to no apartamento dos meninos, vamos tomar
café aqui hoje? Aproveitar que as aulas só começam as duas.
-Por que você tá ai? Como você tá ai? Por que
você não tá dormindo? – Realmente, Sophia, depois de Charlie, era a que dormia
mais.
-Depois eu te conto, só vem pra cá. AH, e traz
a Charlie.
-Eu vou tentar. – Desliguei o telefone e olhei
para Charlie. Tirando o cabelo desgrenhado e a boca aberta, ela continuava
parecida com um monstro. – Charlie... – Chutei sua cama e ela grunhiu. –
Charlieeeee – Chutei mais sua cama.
-Não mãe mais cinco minutos.
-OI JAY, EU VOU DEIXAR VOCÊ ACORDAR ELA. –
Gritei. Charlie abriu os olhos e pulou da cama.
-JÁ TO ACORDADA. – Olhou para os lados, eu ria
descontroladamente. – Isso não foi legal. – Se jogou na cama novamente.
-Levanta que agente vai tomar café da manhã no
apartamento dos meninos. – Me levantei e me sentei em cima dela.
-Ok, baleia, eu levanto, não precisa me
esmagar. – Me levantei e logo após ela se levantou. – Cadê a Sophia?
-Já tá lá.
-Como ela já tá lá? – Franziu o cenho.
-Sei lá, pergunta pra ela, cara. Vambora. – Puxei ela
pelo braço. Descemos as escadas e saímos do apartamento.
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